Tags: Homeopatia  

Ao falar em homeopatia é necessário considerar as fontes de seus fundamentos. Este aparente "método moderno" de tratamento foi iniciado por Samuel Hohnemann (1753-1843). De sua biografia ficamos sabendo que durante muitos anos dedicou-se ao estudo e prática do ocultismo.

Ele pertencia à seita franco-maçônica, na Transilvânia, na qual foi iniciado pelo Barão von Samuel Brukenthal, em 1777. Dedicou toda a sua vida ao espiritismo.

A homeopatia - como ele declarou publicamente - foi criada com as informações que lhe eram comunicadas durante as sessões de espiritismo por desencarnados. Em sua obra mais importante, intitulada Organon der Heilkunst afirma que as doenças são “puramente espirituais, uma desorganização dinâmica da vida". É necessário, portanto, que as drogas ajam em nível espiritual. O professor A. Posacki acrescenta que a busca de uma medicação homeopática adequada é realizada durante as sessões espíritas por meio de médiuns que pedem aos espíritos a informação.

Em comparação com os progressos reais da ciência farmacêutica, a homeopatia é vista como o retorno às práticas de magia. Em que se baseia a homeopatia? Existem quatro fundamentos doutrinais básicos na homeopatia:

a) semelhança (de acordo com o pensamento similla similibus curantur – os semelhantes são curados por semelhantes). O pensamento, infelizmente, é exatamente uma negação dos princípios aplicados pela medicina acadêmica moderna (Prof Dr A Gregosiewicz).

b) diluição – a tecnologia para produzir essas drogas reside na diluição repetida de várias substâncias selecionadas com o auxílio do ocultismo astrológico. O tipo de substâncias é de pouca importância, pois, em altas diluições, tais como CH 30, CH 100, ou maiores, não existe qualquer vestígio. Neste caso, estamos lidando com a negação do conhecimento das ciências físicas. O número de Avogadro (número de moléculas em um mol de uma substância) diz que em um determinado volume encontra-se um número finito de partículas. De acordo com a escala em homeopatia esta fronteira existiria em uma diluição C10 ou C11. Em diluições maiores não se encontra mais as moléculas do medicamento básico. Neste caso a homeopatia não consegue oferecer nenhuma resposta significativa e resposta científica escondendo-se sob a tese de que a "água tem memória" o que, até agora, ninguém provou. Segundo os homeopatas, quanto maior a diluição da droga, mais forte será o efeito. Alguns homeopatas chegaram à conclusão de que nem sequer é necessária a ingestão de um medicamento homeopático, pois a transferência de energia ocorre mesmo quando ele é carregado junto com a pessoa, ou colocado ao lado da cama. Hahnemann escreveu também que basta apenas cheirá-lo sem necessidade de ingerí-lo. O homeopata Jacques Benveniste defende a suposição de que o efeito pode ser enviado à distância ou pela Internet.

c) potencialização - aqui chegamos ao ponto. Mesmo com grande desejo e esforço não consegui encontrar nenhuma explicação científica do termo. Hahnemann admite pessoalmente que as diluições de drogas acima não possuem praticamente nenhuma importância. O mais importante aqui é "sacudir" ou "agitar o medicamento". Aqui está o novo princípio de produção de drogas, nas quais os ingredientes não têm nenhuma importância, em primeiro lugar, que em dada diluição não estão mais presentes, mas basta só agitar o remédio para que seja produzido. No entanto, existe uma coisa mais preocupante. Relaciona-se com substâncias dinamizadas, isto é, carregadas com carga oculta e das quais é liberada energia espiritual.

d) personalização - na prática médica o tratamento começa com um estudo aprofundado da história das queixas e a identificação das possíveis respostas aos fármacos aplicados. A homeopatia, no entanto, propõe uma prática diferente. Ela considera que não é necessário procurar uma doença específica. É necessário apenas encontrar o cerne, que causa sintomas semelhantes às doenças.

Faltam estudos e pesquisas científicas independentes.

A fim de dissipar quaisquer dúvidas remanescentes é necessário saber que a literatura científica da homeopatia é financiada quase que exclusivamente pelo Laboratório francês BOIRON & DOLISOS que produz medicamentos homeopáticos. Nenhum pesquisador independente não confirmou, até agora, os resultados desses estudos. Os primeiros ensaios clínicos realizados por Fritz Donner, em 1939, terminaram em completo fracasso.

A revista médica The Lancet comentou dessa maneira os últimos resultados das pesquisas de cientistas suíços e britânicos: “os remédios homeopáticos não funcionam melhor que comprimidos de açúcar de confeiteiro”. Da mesma forma as respeitáveis revistas médicas British Journal of Clinical Pharmacology e Thorax minam a tese da eficácia de remédios homeopáticos.

Em 2002, James Randi ofereceu um milhão de dólares para qualquer pessoa que prove em laboratório e sob controle crítico que os medicamentos homeopáticos realmente trazem saúde às pessoas.

Para os fatos acima e as provas das imprecisões científicas, e à sua negação pura e simples, infelizmente, é necessário adicionar a lesão espiritual que os pacientes sofrem por causa da homeopatia. Esses danos ocorrem ao nível da psique: a frieza espiritual, a aversão às questões religiosas, a falta de senso do significado da vida, a inquietação espiritual, a falta de alegria espiritual, a resistência à oração, e a depressão.

Na propaganda da homeopatia é destacada a falta de efeitos colaterais específicos. Contudo esta não é toda a verdade, pois os efeitos ocorrem, mas são de natureza diferente. Nas pessoas que por muito tempo ingerem substâncias homeopáticas, surgem dificuldades na esfera espiritual.

O catecismo da Igreja Católica (n0. 2117) lembra: "Todas as práticas de magia ou feitiçaria, por meio das quais se pretenda adquirir poderes ocultos, para usá-los e conseguir o poder sobrenatural sobre os outros - mesmo que seja para garantir a sua saúde - são gravemente contrárias à virtude da religião, ou seja, são pecado mortal". Infelizmente, a homeopatia, desde o início, tem laços com o ocultismo, com a magia e a mediunidade para o contato com os espíritos a fim de conseguir sua energia.

 

Autor – Pe. André Wojteczek SChr

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